quarta-feira, 6 de junho de 2012

ONU: apenas quatro de 90 metas ambientais
mundiais avançaram nos últimos cinco anos

Relatório será enviado a todas as lideranças mundiais durante a Rio+20

Gabriela Pacheco, do R7 | 06/06/2012 às 13h17
Marcos de Paula / AE
Relatório ONU
A coordenadora executiva da Rio+20, Henrietta Elizabeth e o diretor executivo do Programa da ONU para o Meio Ambiente, Achin Steiner durante o lançamento do relatório
O Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) divulgou nesta quarta-feira (6) a quinta edição do Panorama Ambiental Global, GEO-5, uma análise da situação ambiental em todo o mundo feita a cada cinco anos por especialistas de instituições de diferentes países.
Uma das conclusões foi que, das 90 metas mais importantes na área ambiental traçadas nos últimos 40 anos, houve avanços significativos em apenas quatro. Cerca de 600 profissionais, a maioria pesquisadores, também observaram a deterioração em oito metas e nenhum avanço em outras 24.
As metas que avançaram foram a eliminação da produção e uso de substâncias que destroem a camada de ozônio, a eliminação do uso de chumbo em combustíveis, maior acesso a fontes melhoradas de água e mais pesquisas para reduzir a poluição no meio ambiente marinho.
O relatório também identificou alguns avanços em 40 metas, como a expansão de áreas protegidas em parques nacionais e esforços para reduzir o desmatamento. Os objetivos que não registraram avanço foram em mudanças climáticas, processos de desertificação e secas.
As oito metas com deterioração estão relacionadas ao estado dos recifes de coral do mundo. Outras 14 metas não puderam ser avaliadas por causa da falta de dados.
O relatório será enviado a todas as lideranças mundiais que virão à Rio+20 e o Pnuma espera que ele impacte as decisões a serem tomadas. No entanto, não existe essa garantia.
Para Elizabeth Thompson, coordenadora executiva da conferência sobre desenvolvimento sustentável, dessa vez é diferente porque o tema ambiental está aliado às questões econômicas.
O diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, apontou que o relatório "não fala só de fracassos" e mostra boas iniciativas, como o engajamento chinês para reduzir danos ambientais do passado e o freio imposto ao desmatamento na Amazônia pelo governo brasileiro.

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