quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

culpa

       

 Culpa 

                   como se livrar desse fantasma

Imagem: ShutterstockImagem: Shutterstock
Vivemos numa sociedade onde nos sentimos cada vez mais exigidos em ter uma vida pessoal e profissional com sucesso, devido a um mundo atual tão competitivo. Buscamos um ideal que muitas vezes nem sabemos qual é.
Inúmeras cobranças: Você tem dado atenção suficiente aos seus filhos? Tem podido ajuda-los no estudo? Tem tido tempo para o seu (sua) cônjuge? Está cuidando da sua saúde? Está cumprindo bem suas tarefas no trabalho? Visita os seus pais? Tem investido na sua capacitação profissional? Faz algum tipo de trabalho voluntário? Faz exercícios físicos com frequência? Tem se alimentado direito?
Pouquíssimas pessoas responderiam sim a todas essas questões. Entre as que dizem não, muitas se sentem invadidas por uma sensação de decepção, insegurança, sentimento de incompetência consigo mesmas, falta de confiança… Outras situações e sensações também provocam esse sentimento: preconceitos, mentiras, traição, muita raiva por alguém que você ama, a não aceitação dos erros, dificuldade em cumprir tarefas, pessoas que são muito dependentes, pedidos de separação, chantagens emocionais… Ficamos culpados porque achamos que deveríamos ter feito isso ou aquilo, ou fizemos algo que não era para ser feito, ou seja, nada do que fizemos foi suficiente ou valioso.
Importante falar da diferença entre a “Culpa concreta”, e a “Culpa emocional”. Na concreta, uma pessoa de fato lesou outra física, financeira, afetiva ou moralmente, e realmente foi causadora de um dano. Para superar esta culpa só há um caminho: fazer de tudo para reparar o erro, mesmo que seja difícil. Deixe a vergonha de lado e faça o máximo para minimizar o prejuízo causado. Peça desculpas, ajude a pessoa lesada, faça o que for possível.
A culpa emocional, é bastante complicada, porque ela gera graves consequências. É bastante comum encontrarmos pessoas que se colocam em segundo plano, julgam que não merecem coisa boas, não se acham dignas de receber muita atenção e passam a vida sem coragem de correr atrás dos seus sonhos. Acabam buscando inconscientemente uma punição, e se sentem quase sempre na obrigação de se dar, de se doar.
Se permitirmos que o remorso se transforme em culpa excessiva, ficaremos relembrando nossos erros passados, nos punindo, gerando tristeza, depressão e desequilíbrio emocional.
Quando a culpa ultrapassa os limites e se torna exagerada, ela é devastadora. Mantém o indivíduo amarrado ao passado, corrói a qualidade de vida do presente, e o impede de fazer planos e se lançar no futuro. A culpa nos traz raiva, frustração, tristeza, depressão, e comumente nos leva ao adoecimento.

 por: Solange Quintanilha | Em: Diversos

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