sábado, 9 de agosto de 2014

Decapitações, crucificações, execuções sumárias: o horror imposto pelos jihadistas no Iraque e na Síria


Decapitações, crucificações, 

execuções sumárias: o horror imposto 

pelos jihadistas no Iraque e na Síria

Selvageria do EIIL afastou até mesmo a Al Qaeda. 

Grupo que está desintegrando o território iraquiano 

é alvo de ataques aéreos dos EUA

Imagem divulgada pelo site jihadista Welayat Salahuddin mostra militantes do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL) ao lado de dezenas de iraquianos membros das forças de segurança antes de serem executados em um local desconhecido
Nem mesmo crianças são poupadas da fúria selvagem 
dos jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL). 
O avanço do grupo terrorista obrigou os Estados Unidos a atacarem 
o território iraquiano pela primeira vez desde a retirada das tropas, 
em 2011. Execuções sumárias, decapitações, amputações e 
crucificações compõem um modus operandi de brutalidade
 incomensurável, que faz empalidecer até mesmo a violência da Al Qaeda.  
Ao ordenar a ação, o presidente Barack Obama mencionou a
 necessidade de ajudar a minoria yazidi, que foi encurralada
 pelos terroristas em regiões montanhosas de Sinjar, onde 
estão morrendo de fome e sede. Essa minoria segue uma religião
 pré-islâmica que o EIIL vê como ‘demoníaca’. “Crianças estão
 morrendo de sede, enquanto isso, o EIIL pede a destruição 
sistemática de toda a população yazidi, o que constituiria genocídio”, 
disse Obama.

Em Raqqa, na Síria, o grupo expôs as cabeças de várias vítimas 
em postes. Em uma das gravações da selvageria postadas no
 YouTube, um cristão é forçado a se ajoelhar, 
cercado de homens mascarados que o forçam a se ‘converter’ ao Islã. 
A vítima é decapitada. Em outro vídeo, um narrador afirma 
que os corpos expostos são de soldados sírios.
extorquindo os que quiserem ‘proteção’, os jihadistas divulgaram
 uma lista de regras para moradores da província de Nínive, 
no noroeste iraquiano. O jornal The Washington Post reproduziu 
algumas delas: “todo muçulmano será bem tratado, a menos que 
esteja aliado com opressores ou ajude criminosos”; “qualquer
 pessoa que roube ou saqueie enfrentará amputações”; “rivais políticos 
ou armados não serão tolerados”; “policiais e militares podem se
 arrepender, mas quem insistir em apostasia será morto”; 
“a lei da sharia será implementada”; “sepulturas e santuários 
serão destruídos”; “as mulheres são informadas de que a 
estabilidade está no lar e, por isso, não devem sair sem necessidade.
 Elas devem estar cobertas com vestes islâmicas completas”.
 E ainda, um ‘conselho’: “seja feliz por viver em uma terra islâmica”.
A força mais incivilizada em ação no Oriente Médio usa a
 violência chocante também como apelo para recrutar radicais 
islâmicos ao redor do mundo. No Instagram, um jihadista
 britânico escreve, abaixo de uma foto em que um homem 
aparece ao lado de várias cabeças decepadas e um esqueleto falso:
 “Nosso Irmão Abu B do Isis posa com seus dois troféus 
depois da operação de ontem. O esqueleto não é real”.
A maioria dos recrutados são jovens. E uma nova geração 
de jihadistas está sendo preparada. A revista Vice divulgou 
um vídeo em sua página na internet no qual uma criança 
belga diz ser do Estado Islâmico e afirma que não quer voltar
 para a Bélgica porque lá há “infiéis que matam muçulmanos”.
 Ele fala de maneira relutante, ao lado do pai, membro do EIIL.
 “O que você quer ser, um jihadista ou executar uma operação suicida?”, 
pergunta o pai. “Jihadista”, responde o menino.
Mapa Estado Islâmico do Iraque e do Levante

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